Matrix: Resurrections - em qual pílula será que vamos parar dessa vez?

Spoilers

[Alerta: pode conter spoilers pré-históricos, de mais de 20 anos de idade, sobre a trilogia original de "Matrix"]


Bem, a não ser que você tenha matado aula, ou mandado aquele caô pra cima do seu chefe no trabalho hoje pra assistir ao retorno do Neo e finalmente descobrir o que rola no novo "Matrix: Resurrections" que lançou nos cinemas aqui em terras tupiniquins exatamente hoje, você está no mesmo barco que eu. O barco é o da jogada dos caras de manter a trama e absolutamente tudo sobre o filme em mistério absoluto, então esta que vos fala não poderia dar spoilers sobre as novidades mais quentes da franquia nem que quisesse muito.

Ah! A não ser por uma notícia que, pra quem é fã, talvez se empolgue mais ainda: "Matrix: Resurrections" vai ser liberado já em meados de janeiro, 26, se não me engano, na HBO Max! Se liguem nos streamings!


Bem, vamos às minhas humildes considerações. Primeiramente, admito que não sou de maneira alguma fã de ficção científica, e me dá ainda mais preguiça quando combinada com o que hoje chamamos de "tiro, porrada e bomba". Então, por que logo eu escrever sobre logo isso? - você deve estar se perguntando.

Respondo, e o porquê é muito simples: eu amo cinema. Não só assistir filme, mas o processo de se fazer cinema, de se montar, produzir um filme: criativamente, tecnicamente, até semioticamente. Absolutamente todos os aspectos; e por isso, consigo compreender e apreciar a grandiosidade de "Matrix", que é, indiscutivelmente, em todos esses aspectos, um marco do cinema, e não só da ficção científica. Pra mim, é um pouco como "Star Wars": passa longe de ser minha praia, mas é igualmente, outro marco do cinema. De filmmaking. Não assisti-los, para um cinéfilo, independentemente de gosto pessoal, é quase que uma falha acadêmica.


E sabe por quê? Colocando de maneira simples, ambos foram pontos de partida, referências. No caso de "Matrix", que foi lançado em 1999, imagina aquelas técnicas todas e aquele conceito, que depois inclusive foi interpretado de 9382 maneiras diferentes, imagina aquilo num telão pela primeira vez na história. Basta dizer talvez que junto com as sequências, "Matrix Reloaded" e "Matrix Revolution", ambas lançadas em 2003 pela Warner Bros., a trilogia completa rendeu 1,6 bilhões de dólares nas bilheterias mundiais. Eu não sei vocês, mas eu não consigo imaginar 1 bilhão de nada; imagina 1 bilhão de tazos, sei lá? Impossível.


O próprio conceito de várias realidades foi depois muito replicado e explorado, mas nunca dessa maneira tão ~engenheira~ e matemática, é realmente uma obra tão complexa e cheia de camadas e possíveis interpretações (um destaque aqui para a experiência/trajetória de vida das irmãs Wachowski, que também dão esse mesmo toque inconfundível à série "Sense8", do Netflix)- que tem mesmo é que ocupar seu lugar no hall dos clássicos intocáveis do cinema. E quer saber? Mesmo não sendo fã, eu vou assistir o novo, sim, pra provar minha própria teoria.


De qualquer maneira, o que eu quero mesmo saber é tipo aquele meme do motorista, sabe, de ônibus? "A que ponto chegamos?" Só que é tipo, que pílula escolhemos, a azul ou a vermelha? Teríamos uma pílula roxa? Qual é o estado da saúde mental do Neo, será que ele está com a terapia em dia? Sintam-se à vontade para dissertar sobre!

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