Mahler (1974)

Tanto as ninharias quanto a estrutura são descartadas pelo diretor Ken Russell neste filme. Aqui, o conteúdo histórico importa menos do que metáforas, sentimentos, emoções e interpretações. Preste muita atenção, pois cada palavra e quadro devem ser importantes. O filme se passa em uma única viagem de trem, na qual o compositor doente Gustav Mahler (Robert Powell) e sua esposa Alma (Georgina Hale) confrontam as razões por trás de seu casamento vacilante e amor moribundo. Cada palavra evoca memórias do passado, então o público testemunha eventos da vida de Mahler que explicam um pouco seu estado atual. Estão incluídos sua vida familiar turbulenta e disfuncional quando criança, sua descoberta de consolo no mundo "natural", o suicídio de seu irmão, sua conversão (indesejada) do judaísmo ao catolicismo, seu casamento difícil e a morte de seu filho. O filme entra e sai de sonhos, flashbacks, pensamentos e realidade enquanto Russell descreve poeticamente o homem por trás da música.