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SpoilersProblematização importante, mas filme superestimado.Nessa onda recente de origin story de vilões, humanizando personagens clássicos (Malévola, Coringa, Cruela...), estava mesmo fazendo falta uma reflexão sobre quem chamamos de heróis, não é mesmo? The Batman (2022) fez um ótimo trabalho de mudança de percepção sobre o herói das sombras - "eu sou a sombra" já dá uma pista do que vamos testemunhar. O discurso justiceiro por traz da construção de Batman é particularmente marcante dentre os super-heróis, já que ele é justamente um cara comum, sem poderes, que decide lutar contra o "crime" (ladrões de rua, pequenos furtos, pessoas pobres...), como vingança pelo assassinato de seus pais por um desses pequenos ladrões, que, ainda que assassino, não faz sentido que fosse o alvo de uma luta contra a criminalidade, já que a criminalidade é um problema social, estrutural, com resolução política. Além dessa desconstrução do heroísmo do Batman que é realizada com mais evidência na sua conversa final com o Charada, que demonstra como o discurso da justiça com as próprias mãos é levado a extremos e como o herói criou isso pelo exemplo, a própria apresentação do personagem foi atingida perfeitamente por Pattinson, que entregou um Batman completamente sem carisma, com uma carga negativa desagradável, com algo de repulsivo. Vale ressaltar a atualíssima crítica a bilionários, numa época em que alguns deles estão sendo idolatrados como salvadores da humanidade, aqui, no mundo real também. Porém, em termos de forma, especialmente o roteiro, me deixa muito a desejar. Toda a questão do plano do vilão e como não faz sentido que ele funcione; e, especialmente, a personagem da Mulher Gato e sua construção esquisitíssima, com suas motivações que mudam a cada cena.
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