Em sua maestria, Martin Scorsese (O Irlandês) nos entrega uma história sem pressa e nos leva a um contexto reflexivo sobre a ganância e a inocência em Assassinos da Lua das Flores.
O enredo é baseado em uma obra literária e é esplêndido a maneira como essa adaptação foi realizada pela mãos de Scorsese.
Em 1920 membros da tripo Osage são assassinados em circunstâncias misteriosas, após os homens brancos chegarem no seu territórios em busca de trabalho e investimento pelo petróleo.
As obras de Scorsese são bem trabalhadas através dos personagens, pois só então o público vai sentir afeto e se envolver na história que está sendo contada, nesse longa o que dá vida são os personagens, cada um tem seus objetivos, seus prós e contra.
A narrativa é o ponto mais forte desse obra, uma verdadeira aula de como conduzir uma história mesmo sendo longa demais, sem perder o fio da meada e mantendo a tensão entre os personagens no decorrer da trama.
Essa talvez seja a obra de Scorsese menos violenta gratuitamente, mas ela é de uma agressividade étnica tão forte sobre aquela época, não só envolvendo a trama principalmente, mas também ao redor do país.
O elenco impecável desse filme é digno de aplausos do ínicio ao final, principalmente ao Leonardo DiCaprio (Titanic) que interpreta um cafajeste ganancioso que com o passar do tempo, a vida vai cobrar pelo seus pecados.
Outra performance que ganha destaque é de Robert De Niro (Taxi Driver) que interpreta um homem com controle não só da situação, mas também da manipulação.
A personagem da Lily Gladstone (Certas Mulheres) é deslumbrante, uma nativa americana Osage que sofre ao decorrer da história e busca justiça. Ela tem um desenvolvimento formidável e sua personalidade é marcante.
Suas partes técnicas são viciantes, do figurino bem feito e destaco os trajes do povo Osage principalmente, à fotografia esplêndida apresentada que se saiu tão bem na vista da natureza.
Em seu último trabalho Robbie Robertson (O Irlandês) nos entregou uma trilha sonora perfeita, cheia de menções e aperfeiçoamento sonoro mesclando instrumentos dos nativos e a finalização do estúdio.
Podemos dizer que esse filme será uma referência não só para o cinema, mas também um documento para a história americana, nos trazendo lições de interesse e do que foi tirado do povo Osage com o passar do tempo. O petróleo é deixado de segundo plano o que se saiu muito bem, pois ele ganha destaque no início e já sabemos bem o que vem a seguir.
Mais uma vez Sr. Scorsese conseguiu nos hipnotizar com uma história crua e verdadeira, cheia de lições de um passado esquecida.
Compartilhe sua opinião!
Seja a primeira pessoa a iniciar uma conversa.