Existe alguma prova da existência do Papai Noel?

Com o Natal chegando, você já se perguntou o que vai fazer no final do ano? Este artigo apresenta um filme com tema natalino: "Milagre na Rua 34". Lançado em 1994, esse filme norte-americano é um remake do clássico de 1947, que recebeu vários elogios no 20º Oscar, ganhando os prêmios de "Melhor Ator Coadjuvante", "Melhor História", "Melhor Roteiro Adaptado" e "Melhor História Original", além de uma indicação para "Melhor Filme".

A história de "Milagre na Rua 34" é adaptada de um romance, que conta sobre o Papai Noel conseguindo um emprego em uma loja de departamentos falida de Nova York chamada Cole's durante o final do ano. O papel dele? Interpretar o Papai Noel para os eventos de Natal da loja. Ele atuou de maneira genuína, cativando o coração do público, e tirou a Cole's da crise financeira. No entanto, isso desagrada alguns, levando outra loja de departamentos rival a traçar esquemas para sabotar o Papai Noel, com o objetivo de afundar a Cole's. Infelizmente, o Papai Noel é vítima desses esquemas. Ele enfrenta uma batalha judicial para provar a existência do Papai Noel. Em meio a debates, junto com o advogado, ele consegue se livrar das acusações. Por fim, ele se despede da cidade de Nova York, embarcando em sua verdadeira missão. Ao contrário de outros filmes de Natal, esse filme investiga profundamente o personagem do Papai Noel, explorando a legitimidade de sua existência. Embora os elementos posteriores da trama possam decepcionar um pouco, o tema central e a ênfase na narrativa do filme são impressionantes. Entre os inúmeros filmes natalinos, "Milagre na Rua 34" está diretamente ligado à essência do Natal, em vez de apenas narrar histórias ambientadas durante essa época do ano.

Verdade indistinguível

Dorey Walker: “Eu disse a ela que Papai Noel não existia, então você a traz aqui e ela o vê. Muitas crianças veem um ator excepcional com uma barba de verdade e uma fantasia linda em seu mundo de fantasia. Em quem ela acredita? No mito ou na mãe dela?”

Você já acreditou no Papai Noel quando criança? Eu, por exemplo, acreditei fervorosamente, me emocionava antes do Natal, pendurava a meia na cabeceira da cama e desejava que Papai Noel me trouxesse um presente. No mundo acelerado de hoje, os avanços científicos esclareceram muitos fatos. Poderíamos negar a existência do Papai Noel devido à sua natureza fantástica. Como uma pessoa pode fazer renas voarem e percorrerem o mundo todo em uma noite? Esses fatos sugerem indiretamente a inexistência do Papai Noel. Contudo, também não há provas diretas que fundamentam a ausência do Papai Noel. Em "Milagre na Rua 34", o filme inclui o seguinte diálogo:

Ed Collins: “É um absurdo! Bryan Bedford transformou este tribunal em uma piada. Ele não provou a existência do Papai Noel.”

Bryan Bedford: "Meritíssimo, gostaria de perguntar a Ed Collins se ele tem provas de que o Papai Noel não existe."

Neste mundo, algumas coisas escapam à prova da existência ou inexistência, entre a fantasia e o inimaginável para os adultos. Por exemplo, Deus, o Diabo, fantasmas ou até mesmo o Papai Noel carecem de provas concretas. Assim como as divindades da mitologia grega, o Papai Noel possui capacidades que ultrapassam a compreensão humana, como entregar presentes a crianças de todo o mundo em uma única noite ou fazer renas voarem pelo céu. Tudo isso parece falso para os adultos, mas verdadeiro para as crianças, tornando o Papai Noel uma presença real.

Deixando de lado o que as crianças sentem depois de descobrirem a mentira dos adultos, a transição do "fato" para "somente um mito" é bastante desafiadora. Honestamente, talvez nunca encontremos o "fato" genuíno. No mundo de hoje, a afirmação "Papai Noel é um personagem fictício" é válida. Da mesma forma, a "existência do Papai Noel" também era um fato em épocas anteriores. Então, como julgamos essa questão?

Uma data comercial

Papai Noel: “Não importa de onde vêm os brinquedos, desde que eles deixem as crianças felizes. Acredito que todos na loja se sentem assim.”
Cliente da loja Cole's: "Certo, esse é o espírito do Natal. Obrigada!"

Em "Milagre na Rua 34", o Papai Noel, Kriss, afirma: "Não sou apenas uma aberração de terno vermelho e barba que ri e diz ho-ho. Eu sou um símbolo. Represento a capacidade humana de suprimir as tendências egoístas e odiosas que regem a maior parte das nossas vidas.". Esse filme de Natal enfatiza não apenas o Natal, mas também a comercialização da data.

Compreender as origens do Papai Noel esclarece por que Kriss rejeita veementemente o Natal moderno. Segundo fontes on-line, o protótipo do Papai Noel originou-se de um homem mais velho na Holanda, conhecido por seu altruísmo e por ajudar pessoas pobres. Supostamente, uma vez ele presenteou pepitas de ouro para meninas carentes para salvá-las de serem vendidas por suas famílias. Assim, o propósito original do Papai Noel está em desacordo com as celebrações contemporâneas do Natal. Em algum momento, não importa onde estejamos, palavras como "descontos" e "promoções" surgem na época do Natal. Dar presentes natalinos aos outros tornou-se uma desculpa para promover o consumismo. Você já deve ter ouvido falar da "comercialização de datas comemorativas". As festividades que não podem ser comercializadas são aos poucos esquecidas, enquanto a essência delas se perde.

Em "Milagre na Rua 34", Bryan Bedford comenta: "Tudo isto é uma questão de dinheiro. Você sabe o que destruiu Kriss? Poder, ganância e dinheiro.". Essa afirmação refere-se não apenas a Kriss, mas também ao Natal. Em uma sociedade inundada pelo consumismo, o desejo de consumo aumenta. Quando paramos de apreciar a intenção original das datas comemorativas? Para nós, elas são uma desculpa para fazer compras, permitindo-nos comprar coisas que normalmente não compraríamos. Pode ser porque não somos ricos, por isso precisamos de uma desculpa para justificar nossos gastos. Ou devido às compras habituais, precisamos de um motivo para comprar. Você já se perguntou por que desconsideramos a essência dessas datas?

A representação do Papai Noel em filmes como "Milagre na Rua 34" reflete a dicotomia entre crença e ceticismo, mito e realidade. Essa dicotomia reflete os desafios enfrentados pelo próprio espírito natalino — uma luta entre a alegria sincera de presentear e a comercialização avassaladora da época. Talvez, para revigorar o cinema natalino, precisemos de narrativas que captem a essência genuína da data, ao mesmo tempo que reconheçam as complexidades contemporâneas. Filmes que abraçam o espírito de generosidade, compaixão e conexão humana sem serem vítimas de interesses comerciais poderiam ser a "atualização" que o cinema natalino merece. Assim como a procura por provas da existência do Papai Noel, a evolução do cinema natalino exige um delicado equilíbrio entre tradição e inovação, mantendo-se fiel à sua essência enquanto se adapta ao mundo moderno.

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